By Marcel (infelizmente)
Durante anos a terra tremeu.
Passava um tempo, acalmava, mais um tempo e o tremor voltava.
O balanço vinha lá do fundo, do coração da terra.
E cada vez que voltava, era com mais intensidade.
Mas ninguém percebia, isso que era estranho.
Também, não moravam muitas pessoas ali, nas redondezas.
A escala Ritcher nunca conseguiu identificar essa coisa estranha.
E o tremor ficando cada vez mais forte.
Anos e anos, e ninguém percebia!
Mas agora estava impossível.
Já havia pedras rolando e caindo de montanhas altíssimas.
Pedras que jamais haviam se mexido em todo esse tempo, sem moverem-se uma única vez.
E as pedras rolaram, e quem estava embaixo não escapou.
Infelizmente.
E o tremor voltou e não parou mais.
Tudo trepidava e o que estava em volta veio abaixo.
Lá no meio das “terras secas”, o motivo do caos insuportável apareceu.
Um vulcão, antes inativo, reascendeu!
Surgiu de baixo, como que sob pressão intensa e, cheio de calor e fumegando, rompeu a terra e se mostrou.
Monstruoso, expelia lavas para todos os lados.
E a lava desceu a montanha, e foi até as terras secas.
Calor insuportável, daqueles que fazem o horizonte parecer cobras indianas encantadas, subindo em forma de vapor.
Pois é.
Era um vulcão. E durante anos ninguém percebia.
Pelo menos agora os tremores haviam acabado.
Por onde a lava passou, não deixou nada que contasse um pingo de história.
Como eu fiquei sabendo de tudo isso?
Pois então, houve um sobrevivente.
Sinto muito, é segredo meu e dele. Só contou para mim.
Mas antes de partir me disse algo, que caso queiram, poderão ir lá verificar.
Sabe a “terra seca”, onde o vulcão apareceu?
Dizem que quem vai para lá, fica espantado com as flores que ali cresceram.