By Marcel (infelizmente)
Entra afiada como se fosse adaga
Deixando-me sensível a qualquer sentimento
Um elevador, um soluço que me pega desprevenido
Um chorinho contido ao fim de risadas.
Olhos perdidos
Úmidos
Feito orvalho
Aperto no peito
Picada de abelha, dilacerante
Minutos disfarçados de segundos
Horas que demoram dias
Angustiante
Quando estamos juntos
Dias inteiros
Que parecem minutos
No meio do dia aparece
Cresce, cresce e cresce
Não respeita minhas ordens
Não desaparece
É saudade o nome
Cruel
Parasita
E com a adaga que eu a mato
Na sexta à noite
Ela mergulha em minhas costas
Assim que o domingo despede-se.
Fim de semana que foi-se...