By Marcel (Infelizmente)
O grito ansioso por sair
Preso na garganta
Brasa queimando
Querendo virar chama
Esperando o grande dia
Todos os dias
Toda semana
Esconde de todos
Sua procura
Sua vontade
Seu drama
Às vezes ri pra não chorar
Às vezes reclama
Reclama pra si
E engole o grito
De uma só vez
De forma insana
Passa o dia
Passa a semana
Passaram-se os anos
O tempo engana
Restou por enquanto
Um espelho no quarto refletindo sua imagem
Ele sozinho olhando pra si
E dizendo pra ele o que era pra ser dito pra ela
Que ele espera
E ama...
Do Uol
Vaticano "absolve" os Beatles e elogia seu "White Album"
CIDADE DO VATICANO - O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, "absolveu" nesta sexta-feira (21) os Beatles em um longo artigo no qual elogia o talento musical do grupo e comemora os 40 anos do lançamento do "White Album".
O artigo inicia recordando, em tom indulgente, a célebre e controvertida declaração de John Lennon de que "os Beatles são mais famosos que Jesus Cristo".
"Foi uma frase que suscitou profunda indignação, mas que, hoje em dia, soa mais como uma mofa de um jovem da classe operária inglesa empolgado com o sucesso", escreve o jornal vaticano.
Segundo o jornal da Santa Sé, o grupo realizou uma "revolução branca" com seu "White Album", que classifica que "utopia musical, onde se encontra tudo o contrário de tudo".
"Era um conjunto de canções talvez discutíveis, mas reveladoras de toda uma época", afirma. "Atualmente os produtos fonográficos são estereotipados, muito distantes da criatividade dos Beatles", lamenta o jornal papal.
"White Album" foi lançado em 22 de novembro de 1968 com 30 canções originais e foi um marco na carreira musical do grupo inglês.
Comentário do blog
Aquela angústia que me acompanhava durante todos os meus dias, desde a minha infância, era algo realmente estranho. Sem explicação.
Agora descanso em paz.
E ainda dizem que Deus não fala através da Igreja.
Mas faça-me o favor!
By Marcel (Infelizmente)
Fosse risada a felicidade
Fosse silêncio a paz
Fosse olhos só enxergar bondade
Fosse perna não andar para trás
Fosse dia um pouco mais curto
Fosse sono um pouco mais longo
Fosse cama um pouco mais larga
Fosse sonho menos absurdo
Fosse miséria somente uma estória
Fosse personagem da estória não eu
Fosse possuidor de pobreza de espírito
Fosse espírito um pouco menos pobre
Fosse senhor do próprio domínio
Fosse coração um pouco mais nobre
Fosse possível voltar no tempo
Fosse sincero o que eu disse pro vento
Fosse menos hipócrita o julgamento
Fosse tempo um pouco mais lento
Fosse base com aço e cimento
Fosse caminhada com menos lamento
Fosse inspirado todo momento
Fosse chuva, sol, vento
Fosse olho menos vermelho
Fosse altura não ser documento
Fosse lágrima não escorrendo
Fosse vida com mais fermento
Fosse morte só um pesadelo
Fosse picada sem veneno
Fosse picada mato à dentro
Foi-se a maldade, ficou a inocência
Foi-se a mentira e junto a dor
Foi-se tudo que era pena capital
Ficou somente o amor...
Não me atrevo a dar palpites sobre política, economia, rumos do governo, eleições, e tantos outros assuntos importantes, mesmo porque não tenho gabarito pra isso e muito menos articulação pra tanto.
Mas peço humildemente a Deus:
SALVE A SATIAGRAHA!!!
Desalento e desesperança é o que sinto com o julgamento do Habeas Corpus de Gilmar Mendes.
Suspiro...
Só de Sacanagem
Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, que reservo duramente para educar os meninos mais pobres que eu, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e dos justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, Esse apontador não é seu, minha filhinha”.
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha ouvido falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
Só de sacanagem!
Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba” e eu vou dizer: Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
Eu repito, ouviram? IMORTAL!
Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
autor: O Teatro Mágico
O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula
E a cédula tronco é a cédula mãe solteira
O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Acordes em oferta, cordel em promoção
A Prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação
E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
A Luz acesa
Lá se dorme um sol em mim menor
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
O palhaço pena quando cai o pano
E o pano cai
A porcentagem e o verso
A rifa, a tarifa e refrão
Talento provado em papel moeda
Poesia metamorfoseada em cifrão
O palhaço pena quando cai o pano
E o pano cai
Meu museu em obras, obras em leilão
Atalhos, retalhos, sobras
A matemática da arte em papel de pão
E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa
A luz acesa
Já se abre um sol em mim maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Bem maior...